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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ministro pede vistas em julgamento no TSE e definição que pode mudar composição da ALE/RR fica para os próximos dias




Boa Vista, RR - O ministro Luiz Roberto Barroso pediu vistas nesta terça-feira o recurso da policial militar Izineide (SD) que foi candidata à deputada estadual nas eleições 2018 por Roraima e teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral devido a candidata não se desincompatibilizar no prazo de três meses antes das eleições.


O caso da candidata pode prejudicar pelo menos três candidatos eleitos pela coligação “Roraima não pode parar” composto pelos partidos SOLIDARIEDADE e Democracia Cristã, pois caso o recurso não seja aceito pelo TSE a coligação não preenche a cota mínima de 30% de mulheres conforme prevê a lei eleitoral.


A coligação ao invés de substituir a candidata a deputada estadual que teve o seu registro de candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima no dia 13 de setembro de 2018, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e agora a situação pode se complicar para os eleitos Jailser Renier (SD), Ione Pedroso (SD) e Catarina Guera (SD).

Como a coligação (DC/SD) não atingiu a cota minima de 30% para mulheres o Ministério Público Eleitoral tem até 15 após diplomação para pedir o indeferimento do diploma dos eleitos.


ENTENDA O CASO 

As eleições deste ano no Brasil, houve a cota mínima de vagas no percentual de 30%, que devia ser destinada às mulheres candidatas, mas vários partidos e coligações não respeitaram está regra em vários estados brasileiros.

Os partidos deveriam reservar pelo menos 30% do fundo eleitoral para as candidatas, que também teriam direito a aparecer nessa mesma proporção de tempo na propaganda de rádio e TV.

A Justiça também entendeu que, no caso de o número de mulheres superar 30% das candidaturas, a distribuição de recursos deverá obedecer à mesma proporção, mas vários partidos em Roraima não respeitaram essa regra.

Um dos objetivos da medida é combater as chamadas candidaturas fantasmas. Obrigados a registrar número mínimo de mulheres, partidos acabaram lançando candidaturas que não receberam votos nem recursos para a campanha.

Além disso, mulheres candidatas acabaram renunciando às candidaturas e não foram substituídas por outras candidatas mulheres, fato que pode complicar a vida dos eleitos e todas as coligações e partidos perderem seus votos e assim o quociente eleitoral ser refeito e deputados eleitos perderem o mandato.


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